Aranã
LocalizaçãoVale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e no estado de São Paulo
Quantos são:no mínimo 30 famílias na região de Coronel Murta e Araçuaí
Língua: Português
História
A inserção dos Aranã no movimento indígena e sua busca pela identificação étnica são recente, datando do final da década de 1990, após um grupo familiar da etnia Pankararu, originário de Pernambuco, ter migrado para a Fazenda Alagadiço, município de Coronel Murta, ocupando terra doada pela Diocese de Araçuaí, onde moram algumas famílias aranã.
Localização
Os Aranã se apresentam dispersos em várias áreas rurais e urbanas dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Contudo, o grupo possui maior concentração familiar nas áreas urbanas e rurais dos municípios de Araçuaí e Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha (MG).
Organização
Os Aranã sustentam sua unidade enquanto grupo étnico através de uma regra de descendência que parece privilegiar sempre a inclusão: os filhos de casamentos entre Aranã e não índios parecem ser sempre considerados Aranã.
Krenák
Outros nomes: Borun
Onde estão:Minas Gerais e São Paulo
Quantos são: 150 (em 1997)
Língua: Krenák, do tronco Macro-Jê
Nome e Língua
Os Krenák ou Borun constituem-se nos últimos Botocudos do Leste, nome atribuído pelos portugueses no final do século XVIII aos grupos que usavam botoques auriculares e labiais. São conhecidos também por Aimorés, nominação dada pelos Tupi, e por Grén ou Krén, sua autodenominação.Localizaram-se, naquele momento, na margem esquerda do rio Doce, em Minas Geral, entre as cidades de Resplendor e Conselheiro Pena, onde estão até hoje.
História
O território original dos Botocudos era a Mata Atlântica no Baixo Recôncavo Baiano, tendo sido expulsos do litoral pelos Tupi, quando passaram a ocupar a faixa de floresta paralela, conhecida por Floresta Latifoliada Tropical Úmida da Encosta ou Mata Pluvial Tropical, localizada entre a Mata Atlântica e o rebordo do Planalto. Depois do século XIX deslocaram-se para o sul, atingindo o rio Doce em Minas Gerais e Espírito Santo.
Maxakalí
Outros nomes:
Monacó bm, Kumanuxú, Tikmuún
Onde estão:Nordeste de Minas Gerais
Quantos são:802 (em 1997)
Língua:da família Maxakalí
Localização
Os vários grupos Maxakalí ocupavam uma área compreendida entre os rios Pardo e o Doce, correspondente ao sudeste da Bahia, o nordeste de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo. Os remanescentes desses grupos, conhecidos por Maxakalí nos dias atuais, vivem em duas áreas indígenas - Água Boa e Pradinho.
Nome
Segundo o etnólogo Nimuendajú (1958), os remanescentes Maxakalí do vale do Mucuri em Minas Gerais se autodenominam Monacó bm. Entretanto, de acordo com o antigo chefe de posto e grande conhecedor da língua, da organização social e da história dos Maxakalí, Joaquim S. de Souza, eles se identificam como Kumanuxú.
História
As primeiras notícias referentes a um subgrupo Maxakalí datam do século XVI, referidos como Amixokori pelos Tupi do litoral. Até o século XIX muitos grupos foram aldeados pelos capitães-mores nas povoações litorâneas, como Prado, Canavieiras, Caravelas, Alcobaça, Itanhém, Poxim, Corumuxatiba, Belmonte, Trancoso, Mucuri, na Bahia, e Itaúnas, Conceição da Barra e Santana, no Espírito Santo.
Kaxixó
Localização:
MG no município de Martinho Campos
Língua:
Perderam a língua nativa
População:480 membros
História
os Kaxixó moram às margens do Rio Pará, nos municípios de Martinho Campos e Pompéu, ocupando uma pequena área de 35 hectares. A sua população é estimada em 480 pessoas, dispersas por essa região. Parte do grupo vive nas localidades conhecidas como Capão do Zezinho, Pindaíba e Fundinho. Há mais de 17 anos lutam pela demarcação de suas terras, como meio de garantir a sobrevivência e a rearticulação das famílias dispersas.
Relato feito por uma mulher da tribo
Nós do povo kaxixó estamos resgatando nossa cultura. Hoje, um pouco do que temossão as rezas tradicionais, como as que são rezadas no mês de maio todo e algumas rezas do mês de junho e outubro ao santo padroeiro. Kaxixó é um povo católico em que a cultura está mais relacionada com este meio. Temos também algumas danças como a do Jacaré; algumas brincadeiras originais da tribo e também a diversão com os brinquedos produzidos pelas pessoas kaxixó.
Somos um povo muito prejudicado pelas outras culturas que se envolveram em nosso meio, pois fomos proibidos de ter nossa cultura e com isso fomos perdendo o que é de mais valioso: o nosso jeito de viver.
Hoje estamos em trabalho de resgate do maior bem, o mais valioso: a nossa cultura.
Xakriabá
Localização:
MG no município de São João das Missões
População:
5599 membros
Língua:
Perderam a língua nativa
História
Os Xakriabá vivem desde tempos imemoriais no Vale do São Francisco, no município de São João das Missões, norte de Minas Gerais. Pertencem ao tronco lingüístico macrojê e sua população é de aproximadamente 8.000 indígenas. Seu território é demarcado em duas áreas, somando 51.900 hectares.Os Xakriabá reivindicam do Governo Federal a revisão dos limites de suas terras, em função do número de famílias indígenas que estão fora da reserva. Os Xakriabá sofrem as conseqüências da seca que atinge a região e, através da sua organização, constroem alternativas para as melhorias das suas condições de vida.O povo Xakriabá possui um universo cultural rico e diversificado, marcado pela resistência, alegria e vontade de viver.
Relato histórico feito por uma mulher
Da tribo
Nós Xacriabá vivemos basicamente da agricultura e do comércio local, muitos ainda vivem da caça e da pesca. Atualmente falamos apenas o português, porém algumas pessoas ainda falam palavras na língua. Habitamos uma área de 46 mil hectares, para 6100 índios.
As escolas xacriabá hoje atendem um número de 1400 crianças, com 45 professores dando aula. Enfrentamos problemas de infra-estrutura. Queremos que o governo construa escolas e forneça equipamento para o bom funcionamento delas.
As escolas atendem apenas as crianças do 1º ciclo do ensino fundamental. Mas existe a vontade da comunidade de criar um programa que atenda aos alunos de 5ª a 8ª séries e aos mais adultos.
Existe uma demanda de 1500 alunos, a partir da 5ª série, sem escola.
Endereço para correspondência: Posto Indígena Xacriabá CEP 39475000 São João das Missões MG.
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Ara
Fontes:
Equipe: Matheus M. Marques
Daniel Rosental
Beatriz F. Cabral
Nathália P. Corrêa
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